Margarida sabia aonde ir, mas não queria, não tinha coragem. Acordara ainda com a maquiagem do dia anterior, o rímel preto misturava-se ao lápis de olho da mesma cor enquanto que o cabelo saia do coque dourado no centro da cabeça e a deixava com cara de ontem. Olhou o relógio, ele marcava exatamente 14h de uma bela manhã ensolarada.
O que aconteceu com ela naquela festa de carnaval? Estava com uma baita de uma ressaca moral, e física também!! Não tinha mais aquela energia de viver, dançou tanto o rebolation e bebeu tantas latinhas skol por 1,0 real que bastava passar um filho de gandhy ou qualquer filho de alguém que ela fazia o que a música da veveta dizia "quando eu te pegar, vc vai vê...". Por fim quem viu foi ela e o tal Paulão, coitado foi pedí-la em casamento em pleno carnaval... . Se ficava triste bebia, se ficava feliz bebia também... Como ela havia chegado aquele ponto? Estava cansada de ser apontada na rua, cansada do afastamento de pessoas queridas, justamente quando enfim ia descalhar... Até que de repende, não mais que de repente lhe veio a idéia de procurar ajuda. O álcool n podia mais tomar conta de seu EU.
Saiu decidida!! E não muito longe de sua casa viu escrito com letras garrafais uma placa que dizia:
"ÁLCOOLICOS ANÔNIMOS" bem... deixou de ser anônimo devido a tamanha descrição da placa Oo
Essa história toda pra contar algo verídico, em Salvador existem lugares que esquecem a tal descrição.
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